17 de set. de 2014

Para onde vai o seu voto? (Parte 1)

De todas as escolhas que terei que fazer nessa próxima eleição, a mais fácil para mim será para a vaga de senador. Os candidatos no Distrito Federal são: Aldemario (PSOL), Expedito Mendonça (PCO), Magela (PT), Jamil Magari (PCB), Gim Argello (PTB), Reguffe (PDT), Robson (PSTU) e Sandra Quezado (PSDB). Excluindo aqueles que não devemos levar a sério os outros são políticos com trajetórias recheadas de notícias ruins, exceção feita ao Reguffe. Atualmente no mandato de deputado federal, sua bandeira de campanha (http://www.reguffe123.com.br/) inclui a redução dos gastos dos parlamentares, fim do voto obrigatório e implantação do voto distrital, e seu desempenho no Congresso, entre comparecimento e posicionamentos, tem sido bastante satisfatório aos meus olhos.

Mas ao votar no Reguffe, em quem estou votando de verdade? Embora a pergunta pareça estranha, pois para senador não há o coeficiente eleitoral, ela faz muito sentido ao olharmos para a figura dos suplentes: quando escolhemos um senador ele traz consigo dois apêndices que o substituirão no Senado durante seus afastamentos do cargo, e há farto material mostrando os interesses nessa função (por exemplo: http://veja.abril.com.br/noticia/brasil/os-suplentes-a-boa-vida-dos-senadores-sem-voto e http://politica.estadao.com.br/noticias/geral,suplentes-dos-candidatos-ao-senado-sao-os-mais-ricos-e-atuam-como-financiadores,1537918).

Voltando ao Reguffe, seu primeiro suplente é Jose Carlos de Moraes Vasconcellos Filho, sócio da empresa Gestão e Inteligência em Informática LTDA. Uma rápida busca na internet mostra que essa empresa recebeu nos últimos anos muitos milhões em contratos com o Governo do Distrito Federal, inclusive com algumas condenações no Tribunal de Contas da União. Isso não é opinião, é fato, e nos leva a fazer pelo menos duas especulações: qual o interesse desse empresário em ser suplente de senador? Qual a autonomia que o senador eleito terá para contrariar os interesses desse empresário que é seu suplente e, provavelmente, seu principal financiador?

Talvez minha escolha não seja tão fácil quanto imaginava...

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